Angela Merkel pede esforço nacional para acabar com nova onda de Covid-19 na Alemanha

Por Rogerio Magno em 13/11/2021 às 09:43:49
Chanceler expressou preocupação com o forte aumento dos contágios, o elevado número de pacientes em UTIs e o grande número de mortes diárias, especialmente em regiões com taxas de vacinação reduzidas. Chanceler alemã Angela Merkel

Fabian Sommer/Pool via REUTERS

A chanceler alemã Angela Merkel declarou neste sábado (13) que é necessário um "esforço nacional" para acabar com a quarta onda de Covid-19 na Alemanha e pediu às pessoas que tomem a vacina.

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"Estou muito preocupada com a situação. Nós enfrentamos semanas difíceis. Precisamos de um esforço nacional para acabar com a forte onda de outono e inverno [no hemisfério norte] da pandemia", afirmou Merkel em seu podcast semanal.

"Se permanecermos unidos, se pensarmos em nos protegermos e cuidar dos outros, nós podemos salvar grande parte do nosso país no inverno", acrescentou.

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Merkel expressou preocupação com o forte aumento dos contágios, o elevado número de pacientes em UTIs e o grande número de mortes diárias, especialmente em regiões com taxas de vacinação reduzidas, como o leste do país.

A Alemanha enfrenta uma quarta onda de Covid-19 nas últimas semanas, com um número recorde de contágios. Áustria e República Tcheca também estão em um cenário similar.

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Neste sábado, o instituto de saúde Robert Koch registrou 45.081 novos contágios e 228 mortes provocadas por Covid-19 em 24 horas. Na quinta-feira, o país registrou 50.196 novos casos, um recorde diário desde o início da pandemia (veja mais no vídeo acima).

A chanceler alemã também pediu aos não vacinados que "reflitam" e aceitem a vacina. De acordo com o governo, 67,4% da população está completamente vacinada, longe da meta estabelecida: 75%.

Merkel é favorável a uma dose de reforço da vacina, que ela considera uma "verdadeira oportunidade para romper a onda de contágios".

A chanceler, que permanece no cargo até formação de um novo governo, disse que é "urgente" eu o governo federal e as regiões adotem uma "abordagem unificada" e, em particular, um "índice limite" a partir do qual devem ser adotadas medidas adicionais.

Desde a primavera do hemisfério norte, as autoridades não têm levado em consideração apenas o número de novas infecções por dia, mas também a saturação dos hospitais para ativar novas restrições.

Esse índice limite deve ser "definido com prudência para que as medidas necessárias não sejam tomadas tarde demais", disse Merkel.

Na sexta-feira, o presidente do instituto Robert Koch, Lothar Wieler, afirmou que a Alemanha deve se preparar para um cenário difícil e pediu o aumento das restrições.

"Temos de presumir que a situação vai continuar piorando em toda Alemanha e que esta evolução não pode ser contida sem novas medidas", alertou. "Semanas e meses difíceis nos esperam."

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Fonte: G1

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