Variante Ômicron aumenta risco de reinfecções, aponta estudo

Por Rogerio Magno em 03/12/2021 às 16:55:49

Um estudo comandado por cientistas da África do Sul apontou que a variante Ômicron do vírus da Covid-19 aumenta em pelo menos três vezes o risco de reinfecções. Os dados são de um estudo preliminar, em que a Ômicron foi comparada com outras variantes, como beta e delta.

De acordo com cientistas do Centro Sul-Africano para Modelagem e Análise Epidemiológica e do Centro Nacional de Doenças Transmissíveis, a descoberta demonstra que a Ômicron tem capacidade de escapar da imunidade fornecida por infecções anteriores.

O estudo teve como base dados que foram coletados pelo sistema de saúde sul-africano. Ao todo, foram analisadas cerca de 2,8 milhões de amostras de casos confirmados de Covid-19, incluindo cerca de 35.670 casos suspeitos de reinfecção.

Outras variantes reinfectam menos

Com isso, os pesquisadores conseguiram detectar um aumento bastante significativo no número de reinfecções desde o surgimento da variante Ômicron.

“O risco de reinfecção da Ômicron é substancialmente maior do que o associado às variantes beta e delta durante a segunda e terceira ondas”, escreveram os pesquisadores. Agora, os cientistas esperam descobrir o quanto a nova cepa escapa das imunidades adquiridas naturalmente e através das vacinas.

A variante Ômicron fez o número de novos casos da Covid-19 disparar na África do Sul. Nesta quinta-feira (2), o país teve mais de 11 mil novos diagnósticos, para efeito de comparação, duas semanas antes, o número de casos foi de “apenas” 585.

Casos dispararam na África do Sul

Homem fazendo um exame PCR
Casos de Covid-19 dispararam na África do Sul após o descobrimento da variante Ômicron. Crédito: Prostock-studio/Shutterstock

O primeiro caso confirmado da Ômicron da África do Sul se deu em 8 de novembro, porém, o sequenciamento da nova cepa só foi anunciado no dia 25 de novembro, que foi quando os casos começaram a aumentar no país.

“Este vírus pode ser semelhante ao delta em sua capacidade de se espalhar ou ser contagioso”, disse Anne von Gottberg, microbiologista clínica do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul.

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Contudo, segundo ela, a população está mais suscetível a reinfecções, já que uma infecção anterior costumava proteger contra novas infecções por outras cepas, como a variante delta. Porém, isso não parece acontecer da mesma forma com a Ômicron.

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Fonte: Olhar Digital

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