Ucrânia fecha portos e fornecimento de grãos fica ameaçado após invasão russa

Por Rogerio Magno em 24/02/2022 às 17:42:34
Decisão foi tomada depois que forças russas invadiram o território ucraniano por terra e mar. Rússia x Ucrânia: veja onde Moscou tem tropas e aliados

Os militares da Ucrânia suspenderam as operações em seus portos após forças russas invadirem o país por terra e mar. A informação foi transmitida nesta quinta-feira (24) por um assessor do chefe de gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A decisão ocorre à medida que crescem as preocupações sobre o fluxo de suprimentos do país, um dos maiores exportadores mundiais de grãos e oleaginosas. A Rússia e a Ucrânia respondem por 29% das exportações globais de trigo, 19% do fornecimento mundial de milho e 80% das exportações mundiais de óleo de girassol.

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A Rússia havia suspendido anteriormente o movimento de navios comerciais no mar de Azov até novo aviso, mas manteve os portos russos no Mar Negro abertos para navegação, disseram autoridades e cinco fontes do setor de grãos.

O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou "uma operação militar especial" contra a Ucrânia nesta quinta-feira para eliminar o que chamou de uma séria ameaça, dizendo que seu objetivo é desmilitarizar o vizinho do sul da Rússia.

"O mercado ainda está tentando obter uma imagem clara sobre a situação militar real no terreno. Os portos de Azov e do Mar Negro até agora parecem não ter sido danificados, de acordo com relatos iniciais da agência de navegação", disse um comerciante de grãos europeu.

"A próxima etapa que terá de ser enfrentada é qualquer declaração de força maior, se os navios simplesmente não puderem ser carregados e os contratos não puderem ser cumpridos", acrescentou o trader.

A Rússia, maior exportadora de trigo do mundo, embarca principalmente seus grãos por meio de portos no Mar Negro.

O mar de Azov abriga portos de águas rasas de menor capacidade. Os portos marítimos de Azov exportam principalmente trigo, cevada e milho para importadores do Mediterrâneo como Turquia, Itália, Chipre, Egito e Líbano.

"Esses países seriam obrigados a buscar suprimentos alternativos se os navios ficarem presos e não puderem partir em um futuro próximo", disse outro comerciante europeu.

Fonte: G1

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