Mesmo com ocupação militar russa, ucranianos saem às ruas de Kherson para protestar

Por Rogerio Magno em 05/03/2022 às 13:38:35
Eles carregavam bandeiras e gritavam mensagens patrióticas. Kherson foi a primeira grande cidade ucraniana a cair nas mãos dos invasores russos. Jogador de Caruaru registra blindado russo e protesto nas ruas de Kherson, na Ucrânia

Centenas de pessoas saíram às ruas no centro de Kherson neste sábado para protestar contra a ocupação russa, apesar de esta cidade já estar dominada pelas tropas de Moscou.

Vídeos mostram centenas de manifestantes se reunindo para protestar contra a ocupação, muitos deles segurando bandeiras enquanto marcham e cantam. Eles gritam slogans patrióticos, incluindo "Russos vão para casa" e "Kherson é Ucrânia".

A mídia local informou que, em resposta, homens armados dispararam tiros para o alto para dispersar a multidão.

Com 300 mil habitantes, a cidade portuária de Kherson, no sul da Ucrânia, tem uma localização estratégica para a Rússia, devido à sua proximidade à Península da Crimeia e à foz do rio Dnipro. Ela é o primeiro grande centro urbano conquistado por Moscou.

Alexey Sandakov, que mora perto do centro de Kherson, confirmou à Deutsche Welle nesta quinta-feira que a administração ucraniana ainda estava funcionando na cidade. Por telefone, ele disse que não saia de casa havia dois dias.

"Nós reforçamos as janelas e portas", contou. Uma câmera transmite imagens da rua. "Vimos veículos militares, mas nenhuma força terrestre [russa]."

Sandakov e outro morador, Artemii Perun, também relatam saques por soldados russos. Perun disse que se mudou temporariamente para outra parte da cidade, porque seu apartamento na periferia estava na região dos combates.

As tropas russas montaram bloqueios nas estradas. "Quem viaja sozinho ou em duplas e transporta comida ou remédios pode passar. Mas alguns também foram barrados", conta um morador..

Longas filas se formaram também em frente a mercearias e farmácias, disse Perun. "Muitos tentam se ajudar e trocam medicamentos entre si." A maioria dos moradores fica em casa.

Fonte: G1

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