Forças israelenses matam dois palestinos em confrontos na Cisjordânia

Por Rogerio Magno em 14/04/2022 às 10:49:02
Israel alega que soldados foram atacados. Violência cresceu na região da Cisjordânia nas duas últimas semanas. Exército do país já matou 25 palestinos desde janeiro, e atiradores palestinos deixaram ao menos 14 vítimas fatais. Funeral de um dos palestinos mortos, Qusay Hamamra. Ataques de atiradores palestinos e do Exército israelense se intensificaram nas duas últimas semanas.

Mussa Qawasma/ Reuters

Forças israelenses mataram dois palestinos nesta quinta-feira (14) em operações na Cisjordânia ocupada, informou o Ministério da Saúde palestino. O Exército israelense alegou que soldados responderam a ataques de dezenas de pessoas durante "atividades de contraterrorismo".

A região vive uma onda de violência nas duas últimas semanas, e ao menos 25 palestinos foram mortos pelas forças israelenses desde janeiro, e atiradores palestinos mataram 14 israelenses em ataques.

As mortes aconteceram durante a madrugada em duas cidades da região de Jenin, na Cisjordânia, que tem concentrado grande parte das tensões dos últimos conflitos.

Um porta-voz do Exército israelense disse que os soldados "responderam com munição letal" depois que "dezenas de palestinos atacaram violentamente os soldados, atiraram contra as forças e lançaram dispositivos explosivos improvisados contra eles, colocando em risco sua segurança".

Soldados israelenses fazem operação na região onde dois palestinos foram mortos

Mussa Qawasma/ Reuters

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Na semana passada, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, liberou restrições às forças de segurança que lutam contra o que ele classificou como "uma nova onda de terrorismo".

"Não há nem haverá limites para esta guerra", disse o líder israelense em um discurso público em Tel Aviv.

Hussein Al-Sheikh, membro do alto escalão da Autoridade Palestina, disse no Twitter que a comunidade internacional "perdeu sua credibilidade como resultado de seu silêncio" diante do que ele descreveu como derramamento diário de sangue palestino pelas "forças de ocupação" israelenses.

Fonte: G1

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