Israel alega que soldados foram atacados. Violência cresceu na região da Cisjordânia nas duas últimas semanas. Exército do país já matou 25 palestinos desde janeiro, e atiradores palestinos deixaram ao menos 14 vítimas fatais. Funeral de um dos palestinos mortos, Qusay Hamamra. Ataques de atiradores palestinos e do Exército israelense se intensificaram nas duas últimas semanas.
Mussa Qawasma/ Reuters
Forças israelenses mataram dois palestinos nesta quinta-feira (14) em operações na Cisjordânia ocupada, informou o Ministério da Saúde palestino. O Exército israelense alegou que soldados responderam a ataques de dezenas de pessoas durante "atividades de contraterrorismo".
A região vive uma onda de violência nas duas últimas semanas, e ao menos 25 palestinos foram mortos pelas forças israelenses desde janeiro, e atiradores palestinos mataram 14 israelenses em ataques.
As mortes aconteceram durante a madrugada em duas cidades da região de Jenin, na Cisjordânia, que tem concentrado grande parte das tensões dos últimos conflitos.
Um porta-voz do Exército israelense disse que os soldados "responderam com munição letal" depois que "dezenas de palestinos atacaram violentamente os soldados, atiraram contra as forças e lançaram dispositivos explosivos improvisados contra eles, colocando em risco sua segurança".
Soldados israelenses fazem operação na região onde dois palestinos foram mortos
Mussa Qawasma/ Reuters
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Aumento das tensões
Os militares israelenses intensificaram operações na Cisjordânia após ataques de dois palestinos do território e três membros da minoria árabe de Israel que mataram 14 pessoas em Israel desde o final de março.
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Na semana passada, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, liberou restrições às forças de segurança que lutam contra o que ele classificou como "uma nova onda de terrorismo".
"Não há nem haverá limites para esta guerra", disse o líder israelense em um discurso público em Tel Aviv.
Hussein Al-Sheikh, membro do alto escalão da Autoridade Palestina, disse no Twitter que a comunidade internacional "perdeu sua credibilidade como resultado de seu silêncio" diante do que ele descreveu como derramamento diário de sangue palestino pelas "forças de ocupação" israelenses.