RN tem 92 casos confirmados e 52 suspeitos de varĂ­ola dos macacos

De acordo com o boletim da Sesap desta terça-feira 4, a maioria dos infectados Ă© de pessoas do sexo masculino

Por Rogerio Magno em 06/10/2022 às 11:55:23
Sintoma mais característico da varíola dos macacos é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele - Foto: Getty Images

Sintoma mais característico da varíola dos macacos é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele - Foto: Getty Images

O Rio Grande do Norte tem 92 casos confirmados de monkeypox, popularmente conhecida como varĂ­ola dos macacos. De acordo com os dados mais recentes do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de SaĂșde PĂșblica (Sesap), disponibilizado nesta terça-feira 4, o estado tem ainda 52 casos suspeitos da doença, além de 10 casos provĂĄveis.

Entre os casos confirmados, 74 infectados são homens, e 18 são mulheres. Ainda de acordo com o boletim, a faixa etĂĄria que concentra a maioria dos casos de monkeypox é entre 30 e 39 anos. Os casos confirmados estão distribuĂ­dos nos seguintes municĂ­pios: Caicó (2); Doutor Severiano (1); Equador (1); EspĂ­rito Santo (1); Extremoz (3); Goianinha (1); JandaĂ­ra (2); Mossoró (3); Natal (57); Parelhas (2); Parnamirim (15); São Gonçalo do Amarante (3) e Serra Negra do Norte (1).

TrĂȘs unidades de saĂșde são apontadas como referĂȘncia para casos suspeitos e confirmados: o Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, o Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró, e o Hospital Maria Alice Fernandes, também na capital potiguar, só que voltado ao pĂșblico pediĂĄtrico.

Nesta segunda 3, a Secretaria de SaĂșde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou a segunda morte de um paciente infectado pela varĂ­ola dos macacos no estado em decorrĂȘncia da doença. A vĂ­tima é um homem de 31 anos que estava internado hĂĄ mais de um mĂȘs na capital fluminense. O homem apresentava baixa imunidade e comorbidades que agravaram o quadro da doença. Ele foi tratado com o medicamento experimental tecovirimat, o que resultou em melhora parcial das lesões, mas, no sĂĄbado 1Âș, sofreu parada respiratória e morreu.

Até então, havia apenas duas mortes registradas em todo o Brasil: uma em Minas Gerais e uma no Rio de Janeiro. Em todo o mundo, foram reportados mais de 68 mil casos e 32 mortes. Em julho deste ano, a Organização Mundial da SaĂșde (OMS) declarou a varĂ­ola dos macacos emergĂȘncia de saĂșde pĂșblica de interesse internacional.

Vacinas são eficientes, mas ainda não hĂĄ previsão para campanha

Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varĂ­ola dos macacos é endĂȘmica em regiões da África e se tornou uma preocupação sanitĂĄria devido à disseminação para diversos paĂ­ses desde maio. A doença é causada por um poxvĂ­rus do subgrupo orthopoxvĂ­rus, assim como ocorre por outras doenças como a cowpox e a varĂ­ola humana, erradicada no Brasil em 1980 após campanhas massivas de vacinação.

A varĂ­ola dos macacos foi descrita pela primeira vez em 1958. Na época, também se observava o acometimento de macacos, que morriam. Vem daĂ­ o nome da doença. No entanto, no ciclo de transmissão, os macacos são vĂ­timas como os humanos. Na natureza, roedores silvestres provavelmente representam o reservatório animal do vĂ­rus.

Entre pessoas, a transmissão ocorre por contato direto, como beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais, além de secreções respiratórias. O sintoma mais caracterĂ­stico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Além dessas lesões, podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.

Embora o Ă­ndice de letalidade seja baixo e as defesas do próprio organismo geralmente sejam capazes de combater e eliminar o vĂ­rus, hĂĄ risco de agravamento, principalmente para pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes, crianças com menos de 8 anos de idade e pacientes com leucemia, linfoma ou metĂĄstase. Como prevenção, a pessoa acometida deve ficar isolada até que todas as feridas tenham cicatrizado. Também é recomendado evitar contato com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado.

As vacinas para a varĂ­ola humana são eficazes para combater o surto da varĂ­ola dos macacos, mas não hĂĄ, por enquanto, previsão quanto a uma campanha de imunização em massa, tendo em vista a necessidade de produção de doses em escala mundial. Conforme recomenda a OMS, devem ter prioridade profissionais de saĂșde e pesquisadores laboratoriais. Em agosto, a AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) deu aval à importação do imunizante pelo Brasil.

Fonte: Portal Agora RN

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