Acordo entre WhatsApp e TSE vai prever chat de denúncias e figurinhas sobre voto consciente

Por Rogério Magno em 22/09/2020 às 07:45:35

Em 2018, durante as eleições, o WhatsApp teve papel central na forma de se comunicar das candidaturas.

Políticos contaram com o disparo de mensagens para turbinar suas campanhas. Candidatos com menos recursos apostaram no aplicativo para se tornarem conhecidos.

As eleições daquele ano, porém, terminaram com a constatação de que o WhatsApp foi campo fértil para a disseminação de notícias falsas e propagandas irregulares.

Ainda hoje há ações judiciais e até uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News apurando a atuação irregular de grupos políticos e empresas no âmbito do aplicativo de mensagens.

O WhatsApp tenta, agora, coibir com mais força a atuação irregular dentro da sua plataforma no país. Em janeiro, criou o cargo de diretor de políticas públicas para o Brasil, assumido pelo advogado Dario Durigan, 36.

Nos próximos dias, o aplicativo vai assinar em parceria com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um memorando de entendimento que criará dois canais oficiais do tribunal: um para informações aos eleitores e outro para denúncia de irregularidades.

"O WhatsApp vem oferecer o que há de mais robusto que é possível oferecer à autoridade eleitoral. Aqui há um caráter de ineditismo, no mundo, dessa parceria do WhatsApp com uma autoridade eleitoral de cúpula", diz Durigan em entrevista à Folha.

Haverá também a produção de stickers, popularmente conhecidos como figurinhas, com informações sobre as eleições e estimulando causas como a participação de jovens e mulheres.

O aplicativo de mensagens, segundo Durigan, investiu em ações contra disparos em massa e disseminação de fake news.

"[Estamos] fortalecendo as parcerias com checadores de fato, com órgãos de imprensa", diz. "Também com incentivo para os usuários checarem informações antes de compartilhar."

O WhatsApp, empresa que pertence ao Facebook, tem 120 milhões de usuários no Brasil e 2 bilhões no mundo todo. Está presente em 180 países.

FOLHAPRESS

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