Investigação: médicos mortos no Rio teriam sido executados por engano

Principal linha de investigação da Polícia Civil sobre o ataque a tiros na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, que resultou na morte de três médicos é que eles foram baleados por engano. Alvo seria filho de miliciano

Por Rogerio Magno em 06/10/2023 às 05:40:39
Um dos médicos mortos no Rio de Janeiro teria sido confundido com filho de miliciano. Foto: Reprodução

Um dos médicos mortos no Rio de Janeiro teria sido confundido com filho de miliciano. Foto: Reprodução

A principal linha de investigação da Polícia Civil sobre o caso dos médicos executados na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), é que eles foram baleados por engano. O alvo seria uma pessoa parecida com um deles. A informação é do G1 nacional.

A hipótese é a de que traficantes tinha como alvo um miliciano da região de Jacarepaguá que se parece com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida. É Perseu que aparece com a camisa do Bahia na última foto tirada pelo grupo de colegas. O médico morreu na hora.

Entre os médicos executado no Rio está o ortopedista Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim. Devido à proximidade com a parlamentar, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal acompanhe a investigação. Dino, no entanto, diz que não vê motivos para federalizar o caso.

Segundo a principal linha de investigação da polícia, o verdadeiro alvo da execução seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. Ele é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste. Taillon chegou a ser preso em uma operação, no fim de 2020

Segundo apurou a TV Globo, o miliciano mora perto do quiosque onde ocorreu o crime. A polícia investiga se uma pessoa viu o grupo sentado e informou aos assassinos. Na imagem da câmera de segurança, é possível ver um dos atiradores voltando para conferir o Perseu, já baleado. Outras linhas de investigação, no entanto, ainda não estão descartadas.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira (5) que a Polícia Federal e a Polícia Civil do Rio de Janeiro estão convictas na elucidação dos assassinatos dos médicos ortopedistas no Rio de Janeiro.

Na madrugada desta quinta-feira (5) três médicos ortopedistas foram executados enquando estavam em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, próximo ao hotel onde é realizado um congresso internacional de cirurgia ortopédica. Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida não moram no Rio de Janeiro e estavam na cidade para participar do evento.

Um quarto médico ficou ferido e foi internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, que também fica na Barra da Tijuca.

"Eles estão firmes [Polícia Federal], junto com a Polícia Civil, com a convicção de que vão elucidar esse crime porque há indicações que podem conduzir à configuração da materialidade da autoria do delito", afirmou Dino, ao ser questionado sobre o crime durante anúncio de medidas de segurança pública na Bahia.

O ministro informou ter entrado em contato com o governador do Rio de Janeiro, Claúdio Castro, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para articular a colaboração da Polícia Federal com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, responsável pelo inquérito, e a Polícia Legislativa da Câmara, já que uma das vítimas, Diego Ralf Bomfim, é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou que, além de agentes federais, equipamentos, como de perícia e balística, estão à disposição da polícia do Rio de Janeiro para a investigação do crime.

Fonte: Por Redação do NOVO Notícias, com informações do G1 e da Agência Brasil

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