TRE-RN tem R$ 10 milhões para as eleições 2024 e garante urnas seguras

Promessa do TRE para o ano que vem é de filas menores, ao contrário do que ocorreu no pleito do ano passado

Por Rogerio Magno em 14/10/2023 às 08:20:50
Secretário de Tecnologia da Informação do TRE do RN, Marcos Maia, destaca segurança das urnas eletrônicas - Foto: José Aldenir / Agora RN

Secretário de Tecnologia da Informação do TRE do RN, Marcos Maia, destaca segurança das urnas eletrônicas - Foto: José Aldenir / Agora RN

A menos de um ano das eleições municipais, que serão realizadas no dia 6 de outubro de 2024, os pré-candidatos já se movimentam nos bastidores políticos e articulam suas filiações e apoios na esperança de conseguirem um mandato de vereador, prefeito ou de vice-prefeito no próximo ano.

Enquanto isso acontece, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) prepara uma série de medidas necessárias para o bom funcionamento e a segurança do pleito eleitoral. Para isso, o órgão terá à sua disposição um orçamento de R$ 10 milhões, valor que será investido para que tudo corra bem durante todo o processo, que será finalizado com o resultado da votação.

"São R$ 10 milhões de orçamento só para o pleito do TRE do Rio Grande do Norte em 2024. Com esse valor a gente vai fazendo os ajustes, levantando as necessidades. Não é um dinheiro folgado, é um orçamento que está sempre enxuto e a gente procura executar da melhor forma", explica o secretário de Tecnologia da Informação do TRE-RN, Marcos Maia.

O planejamento integrado das eleições será finalizado ainda neste mês de outubro. Com esse documento em mãos, o TRE apresentará o plano aos chefes de cartório no dia 30 de outubro.

A promessa do TRE para o ano que vem é de filas menores, ao contrário do que ocorreu no ano passado, quando alguns eleitores passaram até 4 horas para votar. Em 2024 serão apenas dois candidatos – prefeito e vereador. Em 2022, eram cinco telas que apareciam para o eleitor escolher os candidatos aos cargos de deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República.

Além desse planejamento, há todo um cuidado realizado continuamente nas cerca de 9 mil urnas à disposição do TRE-RN para o pleito eleitoral. A cada três meses é feito um "ciclo de exercitação dos componentes", no qual as urnas são testadas uma a uma, para que se analise se há falhas nos componentes dos equipamentos.

"Nós fazemos um verdadeiro pente-fino no nosso parque tecnológico, para que os equipamentos não fiquem parados. Então quando a gente termina a última urna, durante esses três a quatro meses, aí já está na hora de começar tudo de novo e assim há um processo contínuo que é feito até próximo das eleições", afirma o secretário de TI.

Atualmente as urnas eletrônicas mais antigas – de 2009 e 2010 – estão sendo substituídas por outras mais novas. Com isso, cerca de 90% desses equipamentos serão das versões de 2020 e 2022 para as eleições do próximo ano.

De acordo com Marcos, essas urnas mais recentes, de 2020 e 2022, já são preparadas para serem adaptadas para o voto impresso, caso haja alguma mudança na legislação que exija a impressão do voto.

"Nunca comprovaram" fraude, afirma secretário do TRE

Apesar dos questionamentos terem se intensificado nos últimos anos em relação à transparência e lisura do processo eleitoral, Marcos Maia garante que as urnas eletrônicas são confiáveis e seguras. Ao todo, segundo ele, há mais de 30 formas de auditoria atualmente.
"Um hacker não consegue invadir uma urna. Muita gente não sabe, mas a urna não é conectada, a não ser na energia. Então como um hacker vai invadir uma urna se não tem acesso a nada?", questiona.

Além das auditorias que são realizadas nas fases anteriores ao pleito, no dia da eleição são escolhidas 20 urnas para que sejam auditadas em todo o Estado.

Além disso, desde a última quarta-feira 4 o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou o código-fonte das urnas para verificação de entidades fiscalizadoras.

"Até o momento nunca houve nada comprovado. Foram várias tentativas, auditorias e nunca comprovaram que houve fraude", comenta Marcos.

Apesar da desconfiança de parte da população quanto à lisura do processo, Marcos afirma que há um desinteresse das pessoas em fiscalizar. "A gente faz a preparação das urnas, mas não vem ninguém", lamenta.

Partidos e pré-candidatos devem se atentar às principais datas

No dia 6 de outubro de 2024, os eleitores potiguares irão comparecer às urnas para eleger candidatas e candidatos aos cargos de prefeito e vice-prefeito em suas respectivas cidades, bem como de vereadores. Em caso de segundo turno, a votação será no dia 27 do mesmo mês, para a escolha de prefeitos em municípios com mais de 200 mil eleitores.

Conforme alerta o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN), é preciso estar atento às regras vigentes, a fim de se evitar penalidades, inclusive a perda da vaga porventura conquistada.

O prazo para tirar o título de eleitor, emitir a segunda via do documento, regularizar ou atualizar o cadastro eleitoral vai até o dia 8 de maio de 2024. Sendo assim, a partir do dia 9 de maio do próximo ano o cadastro estará fechado.

É válido lembrar que o alistamento eleitoral e o voto no Brasil são obrigatórios para os maiores de 18 anos e facultativos para os jovens de 16 e 17 anos, para os maiores de 70 anos e para as pessoas analfabetas.

Entre as principais datas a serem observadas pelos partidos e pré-candidatos está o período das convenções partidárias. Conforme a legislação atual, tais eventos devem ocorrer no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano eleitoral.

Já o prazo limite para registro de candidaturas é o dia 15 de agosto, conforme explica o secretário judiciário do TRE RN, João Paulo de Araújo. "A convenção escolhe os candidatos, e os partidos apresentam os pedidos de registro de candidatura. Esse processo de registro tem que ser ajuizado até o dia 15 de agosto. A partir disso, a Justiça Eleitoral analisa esses processos e eles têm que estar analisados até 20 dias antes da eleição", afirma.

Para concorrer às eleições, o candidato tem que possuir domicílio eleitoral na circunscrição na qual irá concorrer no prazo de 6 meses antes da eleição. Também é preciso atentar aos prazos de desincompatibilização eleitoral, que é quando os candidatos se afastam de posto, emprego ou função na administração pública direta ou indireta para poder se candidatar a um cargo eletivo. Nesse caso os prazos variam a depender do cargo ocupado pelo servidor.

"Alguns casos são seis meses, outros, quatro meses e alguns são três meses, isso depende do cargo que se ocupa", afirma João Paulo.

Propaganda eleitoral

O início da propaganda eleitoral só se dará no dia 16 de agosto do ano que vem. Já a que se dá no rádio e na TV, somente será iniciada no dia 30 do mesmo mês. Até lá, João Paulo afirma que os pré-candidatos precisam evitar certas atitudes que podem gerar multas e, inclusive, a perda do mandato.

"O que não pode haver, em hipótese alguma, é o pedido explícito de voto, que é o que geralmente define essa questão da propaganda antecipada. Se chegar ao judiciário alguma denúncia desse tipo, evidentemente que os juízes da Corte ou o juiz eleitoral, como é uma eleição municipal, vão analisar se aquele caso específico configura ou não uma propaganda eleitoral antecipada", acrescenta o secretário judiciário do TRE-RN.

Fonte: Portal Agora RN

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