Governo diz ter excluído do CadÚnico 603 mil pessoas que estavam mortas há mais de um ano

Número é referente a todo ano de 2023; cadastro é porta de entrada para programas sociais como Bolsa Família, BPC e Tarifa Social de Energia. Segundo governo, 21 pessoas receberam benefícios mesmo após mortas.

Por Rogerio Magno em 07/02/2024 às 11:16:13
Cartaz do CadÚnico - Foto: Warley Kenji/Prefeitura de Mogi

Cartaz do CadÚnico �- Foto: Warley Kenji/Prefeitura de Mogi

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social informou nesta quarta-feira (7) à GloboNews que excluiu do Cadastro Único do governo federal, ao longo de 2023, 603 mil pessoas que já haviam morrido há mais de um ano.

Conhecido como CadÚnico, o cadastro é considerado a porta de entrada para diversos programas sociais do governo federal, entre os quais o Bolsa Família – principal ação do governo na área –, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a Tarifa Social de Energia Elétrica, por exemplo.

Segundo o governo, desse total de 603 mil pessoas, 21 chegaram a receber pagamentos do Bolsa Família mesmo após terem morrido. O ministério não informou a quantia paga a essas pessoas.

Segundo o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o objetivo da revisão é evitar que pessoas recebam o benefício de maneira irregular e garantir que haja recursos para os pagamentos a quem efetivamente precisa.

Ao longo do ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, também foram excluídas 1,7 milhão de famílias unipessoais – isto é, formadas por uma única pessoa.

Não há restrição para que essas famílias recebam o Bolsa Família, mas há regras a serem seguidas, entre as quais, não dividir a residência com outras pessoas.

Desde o ano passado, o governo federal já havia informado que encontrou casos em que mais duas, três, até quatro pessoas recebiam o benefício na categoria família unipessoal.

Meta para 2024

De acordo com o ministério, a meta para 2024 é fazer a atualização cadastral de cerca de 7 milhões de beneficiários.

A pasta afirma que vão passar pela revisão as famílias que apresentem:

  • dados desatualizados (cuja última atualização tenha acontecido em 2019, 2020 ou 2021);
  • inconsistências na renda declarada;
  • inconsistências na composição familiar declarada;
  • divergências nas informações declaradas ao CadÚnico.

Quem pode receber o Bolsa Família?

Pelas regras atuais do programa, tem direito ao Bolsa Família a pessoa:

  • cuja renda per capta familiar seja de no máximo R$ 218;
  • inscrita no CadÚnico com os dados atualizados conforme calendário estabelecido pelo governo.

Fonte: g1.com

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