No decorrer dos próximos dias, novos partidos e ideias vão chegar para se somar a esse projeto", avisava Ivan Júnior, que já nas eleições de deputado estadual, em 2018, demonstrou estar consolidando sua condição como líder da oposição em Assu, onde foi votado por 12.454 assuenses, à frente do deputado estadual George Soares, que havia tido 11.887 votos no município polo do Vale do Açu.
Embora não descarte a possibilidade de voltar à disputar a prefeitura do Assu, Ivan Júnior confirmou que esse nome sairá, provavelmente, entre a vice Fabielle Bezerra e Vanessa Lopes: "O melhor nome que estiver dentro do cenário, que a população "disser" que deve ser candidato à prefeitura será, e o outro é o vice, a gente vai conduzir dessa forma".
Ivan Júnior disse, ainda, que a oposição deverá apresentar aos eleitores do Assu duas ou três chapas para o pleito proporcional e eleger pelo menos metade da bancada de 15 vereadores que compõem a Câmara Municipal. "A gente está trabalhando para eleger oito vereadores, a nossa intenção é essa, e estamos bem confiantes", declarou.
Do lado da situação, o prefeito Gustavo Soares já decidiu apoiar o primo e dentista Luís Eduardo Soares, que já foi secretário municipal de Saúde e atualmente assume a pasta da Assistência Social. Além do apoio da Frente Brasil da Esperança (PT-PV-PC do B), a situação negocia, ainda, acordos políticos com MDB, PSD e PSDB.
O próprio deputado estadual George Soares já transpareceu em recente entrevista a uma emissora de rádio do município, o quanto será acirrada a campanha eleitoral de 45 dias, a partir do fim das convenções em 5 de agosto: "A eleição de prefeito começou em janeiro, nunca vi uma eleição de prefeito começar como está agora, não sei que agonia é essa pra eleição".
George Soares afirma que a fase da pré-campanha é de "dialogar, conversar e somar", mas confirma que depois do Carnaval deverá começar a fechar e anunciar apoios ao pré-candidato Luís E. Soares, de quem tenta desvincular o nome como representante da oligarquia Soares-Montenegro, apesar de anunciar que a condução do processo sucessório ficará a cargo do prefeito Gustavo Soares para poder cuidar, também, do seu apoio a candidatos a prefeitos em pelo menos 15 municípios do Estado.
"A gente não faz política familiar, por mais que digam que é oligarquia, digam o que quiser, mas era preciso a gente unir", disse o deputado, com relação ao apoio que vem tendo de toda a família desde que o irmão assumiu o executivo há sete anos.
Gustavo Soares também procura descolar a pré-candidatura do primo do vínculo oligárquico: "Aqui é uma família de vários sobrenomes, essa é a nossa a sensação que eu vejo na política de Assu, ser uma família de vários sobrenomes, não tem oligarquia, tem pessoas escolhidas pelo grupo que vai representar essas pessoas".
Pleito passado foi decidido por 5 votos
Ivan Júnior começou a consolidar sua liderança política em Assu a partir de 2008 ao vencer sua primeira eleição de prefeito com uma diferença de 5.068 sufrágios sobre Fátima Moraes, a qual, na época, tinha o apoio da então governadora Wilma de Faria.
Antes, em 2004, foram cinco candidatos a prefeito. O ex-deputado estadual Ronaldo Soares, pai de Gustavo e George, derrotou Fátima Moraes por uma maioria de 833 votos.
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