Governo vai ao TJ contra Acórdão que prevê data para 3.690 aposentadorias no RN

Acórdão do TCE estabelece que 3.690 servidores precisam se aposentar até 25 de abril se quiserem assegurar a aposentadoria pelo Instituto de Previdência do RN

Por Rogerio Magno em 09/03/2024 às 06:46:33
Governadora autorizou PGE a entrar com mandado de segurança contra Acórdão que estabelece data para 3.690 aposentadorias no RN. Foto: Humberto Sales/Assecom/RN

Governadora autorizou PGE a entrar com mandado de segurança contra Acórdão que estabelece data para 3.690 aposentadorias no RN. Foto: Humberto Sales/Assecom/RN

A governadora Fátima Bezerra anunciou, por meio do seu perfil na rede X (antigo Twitter), que autorizou a Procuradoria-gral do Estado a entrar com um mandado de segurança para derrubar o Acórdão 733/2023 que estabelece a data de 25 de abril para 3.690 aposentadorias de servidores que ingressaram no estado sem concurso se aposentem pelo Instituto de Previdência do Rio Grande do Norte (Ipern).

O anúncio foi feito após encontro com representantes do Fórum dos Servidores. "Comunicamos ao fórum que o Governo autorizou à PGE ingressar com um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça do RN para reverter a decisão do TCE que manteve prazo de requerimento de aposentadoria dos servidores até abril", afirmou a governadora.

E complementou: "Não mediremos esforços para solucionar essa questão. Sigamos na luta, em defesa dos servidores e servidoras!"

A decisão de entrar com um mandado de segurança contra o Acórdão 733/2023 ocorre depois do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) negar recurso que pedia a suspensão do prazo de 25 de abril para as 3.690 aposentadorias. A decisão negando o pleito do governo saiu na quinta-feira (7).

Além do mandado de segurança para suspender o Acordão, o governo tenta no Supremo um agravo que tem o mesmo objetivo: suspender o prazo para as aposentadorias. Caso o prazo se mantenha, o Ipern não tem condições de processar todos os pedidos a tempo.

Há ainda um outro problema envolvendo a concessão dessas aposentadorias: o governo do estado terá de pagar pelo menos R$ 31,2 milhões por mês (bruto) a mais na folha do Instituto de Previdência do Estado (Ipern) caso não consiga a suspensão dos efeitos do Acordão. Por ano, esse custo é de R$ 376,2 milhões.

O peso financeiro, entretanto, não é o único problema que a situação envolve. E o Ipern é um dos exemplos para demonstrar isso: caso a data seja mantida e todos os 3.690 servidores se aposentem, dos 70 servidores que o Ipern possui, 63 vão se aposentar, o que representa 90% do total.

Ou seja, não haverá mão de obra nem para aposentar os que precisam obter a aposentadoria. Essa situação se reflete em pelo menos outros 17 órgãos do governo, que perderão pelo menos 30% de toda sua força de trabalho.

Fonte: Novo Notícias

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