Bolívia volta a exigir vistos para viajantes dos EUA e de Israel

Por Rogerio Magno em 02/02/2021 às 16:27:57
Medida havia sido abolida em 2019 pela presidente interina, Jeanine Áñez. Decreto do presidente Luis Arce indica que 'não existe suficiente e nem sólida justificativa' para exoneração, já que bolivianos precisam de visto para entrar nos dois países. Curandeiras usam máscaras em estande de venda de ervas medicinais em mercado de rua em La Paz, na Bolívia, em foto de 26 de janeiro

AP Photo/Juan Karita

A Bolívia restabeleceu a obrigação de vistos para a entrada de cidadãos dos Estados Unidos e Israel, medida que havia sido abolida em 2019 pela presidente interina, Jeanine Áñez.

O atual presidente, Luis Arce e seu gabinete de ministros firmaram o decreto 4460 que "revoga" um outro de dezembro de 2019 que havia suspendido a exigência imposta originalmente em abril de 2015.

"É revogado o Decreto Supremo N° 4107, de 9 de dezembro de 2019. Se dispõe a vigência do Decreto Supremo N° 2339, de 22 de abril de 2015", diz o decreto de apenas um artigo, que tem a data de 27 de janeiro mas que se tornou conhecido apenas nesta terça-feira (2).

Em 2015, o então presidente esquerdista, Evo Morales (que renunciou em 2019 após 14 anos no poder) impôs uma obrigação de visto aos norte-americanos e israelenses que entrassem no país, alegando reciprocidade, já que ambos os países exigiam vistos dos bolivianos em suas visitas.

Sua sucessora, Áñez, anulou a exigência do visto depois de dar um giro de 180° em sua política externa.

O decreto de Arce, pupilo de Morales, indica que "não existe suficiente e nem sólida justificativa" para exonerar dos vistos os norte-americanos e os israelenses e beneficiá-los de maneira unilateral, "sem que seus países outorguem similar benefício, seguindo o princípio da reciprocidade, para com os cidadãos bolivianos".

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, em 2019, 3 milhões de turistas viajaram para a Bolívia, dos quais 53.600 eram dos Estados Unidos e 3.670 de Israel.

O turismo sofreu um forte golpe no país em 2020 com a pandemia do coronavírus, desde então os números do setor ainda não foram divulgados.

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Fonte: G1

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