Estima-se que a renda do setor recuou 17,4% em 2020, e a previsão é que encolha mais 1,5% neste ano. Strippers de São Francisco (EUA) voltam ao trabalho com máscaras e menos clientes
Em abril, a stripper Brittney voltou ao trabalho no Gold Club de São Francisco, nos Estados Unidos. Ela havia ficado parada um ano, e se deparou com dançarinas de máscaras e apenas um punhado de clientes.
"Meu coração apertou. É muito, muito triste", disse Brittney, de 26 anos (ela pediu para omitir o sobrenome para preservar o filho de 6 anos). Uma hora do turno de quatro horas foi gasta esperando clientes, e ela lucrou US$ 150 (R$ 789) --menos de um terço do que teria conseguido antes da pandemia.
LEIA TAMBÉM
EUA anunciam envio adicional de 20 milhões de doses de vacinas contra Covid autorizadas para uso interno
Biden anuncia meta de vacinar 70% da população adulta dos EUA contra a Covid-19 até 4 de Julho
"Muitas vezes você vê muitas meninas sentadas", contou Brittney, que começou a atuar como stripper cerca de dois anos atrás, para suplementar a renda de outros dois empregos. "Não tem mais graça", ela diz.
Agora que os estimados 3.821 clubes de striptease dos Estados Unidos começam a reabrir, mulheres que trabalham na área se deparam com um setor transformado. Estima-se que a renda do setor recuou 17,4% em 2020, e a previsão é que encolha mais 1,5% neste ano, de acordo com uma pesquisa da IBISWorld.
Segundo as diretrizes de São Francisco, clubes de striptease que oferecem comida, como o Gold Club, podem abrir, mas strippers e clientes têm que manter as máscaras. Os espetáculos se limitam a danças no palco, sem contato físico com os frequentadores. As danças particulares e as salas VIP --fonte da maior parte da renda das strippers-- continuam proibidas.
Durante a pandemia, strippers de estados com medidas de combate ao coronavírus mais fortes migraram para outros menos rigorosos, como Texas e Flórida, segundo dançarinas e donos de clubes.
Veja os vídeos mais assistidos do G1