Pelas redes sociais, Freixo classificou a decisão como "ilegal" e sugeriu que a sanção é uma tentativa do governo federal de "esconder o propinoduto da vacina".
O bloqueio foi revelado pelo deputado Luis Miranda, que publicou foto de uma conversa com o irmão pelo Whatsapp. No diálogo, o funcionário público envia uma imagem que mostra a mensagem "Usuário não possui permissões nesse sistema". "Me bloquearam no SEI", escreveu o funcionário público ao deputado.
Aos defensores de bandidos, meu irmão acaba de descobrir que bloquearam ele do sistema do @minsaude , vale ressaltar que ele é funcionário de carreira! Isso é ilegal, perseguição e só comprova que eles tem muito para esconder...
— Luis Miranda USA (@LuisMirandaUSA) June 27, 2021
Meu irmão @guitargtr eu não vou te abandonar. pic.twitter.com/D8JthQBBQg
O Sistema Eletrônico de Informações (SEI) é uma ferramenta de gestão de documentos e processos eletrônicos utilizada por toda administração pública federal. Lá são registradas as atividades diárias dos servidores. Sem acesso ao sistema, o funcionário fica impossibilitado de exercer as funções e até de registrar o ponto eletrônico.
Tensão na CPI
O depoimento dos irmãos Miranda à CPI da Covid-19 no Senado foi marcado por tensão e embates entre senadores. Ainda assim, são depoimentos-chave nas investigações, segundo parlamentares, porque apontam possíveis irregularidades do governo federal na compra vacina indiana Covaxin. O Palácio do Planalto nega qualquer irregularidade na aquisição do imunizante.
Na sessão, o deputado Luis Miranda confirmou, após quase nova horas de depoimento, que o nome citado por Bolsonaro nas negociações da vacina era do líder do governo no Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). “Todo mundo sabe que é Ricardo Barros”, disse Miranda em depoimento.
Após a citação, Barros se manifestou nas redes sociais dizendo que não participou da compra dos imunizantes. "Não participei de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin. Não sou esse parlamentar citado. A investigação provará isso", escreveu no Twitter.
Fonte: Brasil de Fato