Rio Grande do Norte retoma cirurgias eletivas e estima 10 mil procedimentos até o fim do ano

Por Rogério Magno em 15/07/2021 às 15:57:56
Secretaria de Saúde cita demanda represada durante período mais crítico da pandemia, mas anuncia retomada após queda no número de casos e internações por Covid. Anúncio da retomada das cirurgias foi feito pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN

Ayrton Freire/Inter TV Cabugi

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou que vai retomar as cirurgias eletivas em todo o Rio Grande do Norte neste mês de julho. A estimativa é de que até o fim do ano sejam realizados 10 mil procedimentos agendados.

Com redução da demanda por UTIs Covid, RN começa a 'reverter' leitos para atendimento geral

As cirurgias eletivas foram suspensas inicialmente em março de 2020, com a chegada da pandemia do coronavírus, e retomadas em setembro, após uma redução nos índices da Covid no estado. Em abril deste ano, no entanto, precisaram voltar a ser paralisadas novamente após novo um crescimento de casos e internações.

Os procedimentos voltam a acontecer agora no mês de julho, portanto, após uma queda establizada no número de casos, mortes e internações da Covid no Rio Grande do Norte, atrelado ainda ao avanço na vacinação.

"A retomada é reflexo da redução da ocupação de leitos, da possibilidade de termos profissionais, estrutura de leitos de retaguarda para realização dos procedimentos e do restabelecimento do abastecimento de anestésicos, insumo fundamental para esses procedimentos", explicou a secretária adjunta de Saúde, Maura Sobreira.

"Nosso planejamento é que nós possamos fazer em torno de 10 mil procedimentos agendados em 2021, além da cirurgias de urgência e emergência".

A secretária adjunta de Saúde do RN, Maura Sobreira, disse também que há uma demanda atrasada por essas cirurgias pelo período em que ficaram suspensas.

Ela explicou que havia um risco em realizar esses tipos de procedimentos durante os picos da pandemia, pela possibilidade de falta de profissionais, de leitos, insumos e do risco de contaminação.

"Elas foram suspensas diante do aumento de casos, dos leitos que foram destinados à demanda Covid, do risco que era do paciente estar circulando nessas unidades, e também da dificuldade em relação aos anestésicos, que é um insumo utilizado no kit de intubação Covid", explicou.

Maura relembrou ainda que os procedimentos de urgência, como cirurgias cardíacas e ortopédicas, por exemplo, continuaram sendo realizadas. Entre as eletivas, parte da demanda está com cirurgias de hérnia e vesícula.

"Nós fizemos mais de 10 mil procedimentos esse ano, mesmo com a suspensão, de cirurgias que não pararam, como de ortopedia, cardiovascular, oncológica, cardíaca. Esses procedimentos não foram suspensos".

Reversão dos leitos

A melhora nos níveis da pandemia no estado tem feito o governo do RN reverter alguns leitos de UTI Covid em leitos para tratamento de outras doenças no estado. Atualmente, segundo o Regula RN, o estado tem 54% dos leitos críticos de Covid ocupados - essa taxa ficou acima de 90% entre março e junho.

Leitos passaram a ser revertidos para outras doenças

Sandro Menezes

Ao todo, segundo a Sesap, já foram revertidos até esta quinta-feira, pelo menos 25 leitos de UTI e outros cinco leitos semi-intensivos, que ficam:

Hospital Colônia Dr. João Machado (Natal) - 5 leitos de UTI revertidos

No Hospital Coronel Pedro Germano (Hospital da PM, Natal) - 10 leitos de UTI revertidos

Hospital Regional Telecila Freitas Fontes (Caicó) - 10 leitos de UTI revertidos

Hospital Regional Tarcísio Maia - 5 leitos semi-intensivos revertidos

A previsão do estado é de que o Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró, também reverta leitos clínicos para doenças infectocontagiosas futuramente.

"Com taxas de ocupação inferiores a 60%, nós estamos há vinte dias fazendo, de forma programada, a reversão de leitos tanto clínicos como críticos para atender a demanda geral. Tudo está sendo consolidado com muito cuidado para que não tenhamos reflexo no aumento das taxas de ocupação Covid, tendo em vista a retomada das atividades econômicas e escolares”, explicou a secretária adjunta de saúde Maura Vanessa Sobreira.

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Fonte: G1

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