A investigação da Polícia Federal sobre o contrabando de cigarros estrangeiros para o Rio Grande do Norte indicou que servidores públicos, além de particulares, podem ter participado do esquema ilegal. A PF, em conjunto com a Polícia Militar, deflagrou na manhã desta quarta-feira 1Âș a operação "Quinta Coluna", visando desarticular a suposta organização criminosa especializada no contrabando dos produtos – via modal marítimo.
A investigação indica ainda que o grupo utilizava a região salineira potiguar como ĂĄrea de atuação. Foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ÂȘ Vara da Justiça Federal, nos municípios de Natal, Mossoró, Caicó e Guamaré.
As investigações tiveram início no final do ano de 2020 e se intensificaram a partir da anĂĄlise dos materiais apreendidos na "Operação Níquel", deflagrada pela PF em 14 de janeiro daquele ano, oportunidade em que foram identificados outros agentes de segurança pública envolvidos com o grupo criminoso que contrabandeava, transportava, armazenava e comercializava o produto ilícito no Brasil.
Daí em diante, o desembarque, transporte e armazenamento dos cigarros estrangeiros era feito com a "escolta" dos agentes de segurança envolvidos, inclusive com o repasse de informações sigilosas sobre ações de fiscalização para membros da organização criminosa.
Os indiciados serão ouvidos na sede da Polícia Federal em Natal e na Delegacia de Mossoró, e responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de integrar organização criminosa (artigo 2Âș da Lei nÂș 12.850/2013) e contrabando (artigo 334-A do Código Penal), dentre outros em apuração.
O nome da operação "Quinta Coluna" é uma alusão à grupos clandestinos que atuam, dentro de um país ou região prestes a entrar em guerra (ou jĂĄ em guerra) com outro, ajudando o inimigo e agindo em favor do grupo rival.
Fonte: Comunicação Social - PF/RN