República Democrática do Congo declara fim de segundo surto de ebola em 2021

Por Rogerio Magno em 16/12/2021 às 09:48:50
Como nenhum caso foi registrado nos últimos 42 dias, fim do surto pôde ser declarado. Houve 11 casos da doença, com seis mortes, na província de Kivu do Norte. Surgimento marca a primeira vez em que a vacina Ervebo, recentemente licenciada contra o ebola, foi usada no país. Profissional de saúde aplica vacina contra o ebola na República Democrática do Congo

OMS

A República Democrática do Congo, na África Central, declarou, nesta quinta-feira (16), o fim do segundo surto de ebola no país neste ano, depois de 42 dias sem novos casos da doença.

A nova aparição da doença havia começado em outubro e foi a 13ª na história congolesa.

Ao todo, houve 11 casos da doença, com 6 mortes, todos registrados na província de Kivu do Norte. A província é a mesma onde houve o surto de 2018, que durou dois anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o surgimento mais recente está ligado ao surto de 2018.

A entidade disse, ainda, que "não é incomum que casos esporádicos ocorram após um grande surto". O ciclo de 42 dias representa dois períodos de incubação da doença – por isso, é necessário esperar esse tempo depois da alta do último paciente, para que as autoridades saibam que não há mais casos ativos.

De acordo com a OMS, mais de 1,8 mil pessoas foram vacinadas no paísd, em uma campanha contra o vírus que começou apenas 5 dias depois que o primeiro caso foi detectado. O surto marca a primeira vez em que a vacina Ervebo, recentemente licenciada contra o ebola, foi usada no país.

“Vigilância mais forte da doença, envolvimento da comunidade, vacinação direcionada e resposta imediata estão contribuindo para uma contenção mais eficaz do Ebola na região”, declarou a médica Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África.

“Durante este surto, a República Democrática do Congo conseguiu limitar as infecções generalizadas e salvar vidas. Lições cruciais estão sendo aprendidas e aplicadas a cada experiência de surto", completou.

De acordo com a entidade, uma resposta rápida, incluindo medidas-chave de controle de surto, como rastreamento de contato, testes, vigilância de doenças, assim como esforços de colaboração da comunidade ajudaram a conter o surto na cidade de Beni, onde o caso inicial foi detectado. Em apoio ao país, a OMS enviou especialistas, suprimentos e contribuiu com fundos para ajudar a conter o surto.

A OMS pontuou, entretanto, que a segurança imprevisível e por vezes volátil em partes de Beni dificultou a resposta em algumas localidades, com os profissionais de saúde e outros da linha de frente sem conseguir acessar áreas inseguras para monitorar contatos de alto risco ou aplicar vacinas.

Fonte: G1

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