Potiguares relatam situação após terremoto na Turquia

As natalenses Erica Alves, Monnaliza Medeiros e Rosana Alves conversaram com o NOVO sobre os impactos do tremor de magnitude 7,8 que atingiu o país na última segunda-feira (6)

Por Rogerio Magno em 07/02/2023 às 15:48:11
Dançarinas potiguares moram há cerca de um ano na Turquia- Foto: Cedida/Arquivo Pessoal

Dançarinas potiguares moram há cerca de um ano na Turquia- Foto: Cedida/Arquivo Pessoal

Três jovens potiguares descreveram a tensão que está na Turquia após o terremoto que já resultou na morte de 3.549 pessoas no país e 1.612 na Síria. Elas residem há cerca de um ano na cidade de Alanya, no sul da Turquia, a 600 km do epicentro do tremor, que não foi tão impactada, mas também registrou abalos sísmicos.

"A gente sentiu o tremor, já estávamos deitadas, mas conseguimos sentir ainda. Aqui não foi tão afetada como as outras cidades, estamos bem, mas pedimos muita oração pela cidade, pela Turquia, pelas famílias, por tudo que está acontecendo no momento, que realmente é muito triste", contou Monnaliza Medeiros, de 33 anos, que é natural de Natal.

Erica Alves, Monnaliza Medeiros e Rosana Alves moram em Alanya, longe do epicentro dos terremotos, mas relatam que o impacto da tragédia tem afetado o cotidiano das potiguares.

"Nós não estamos conseguindo trabalhar por causa dos terremotos, porque os locais estão praticamente todos fechados. Muita gente também saiu da cidade que moramos para cidades de familiares que teve os terremotos mais fortes para pode ajudar, e o pessoal também segue fazendo campanhas em supermercados, arrecadando alimentos, edredons, água, tudo que possa ajudar as cidades mais afetadas", diz Monnaliza.

Segundo as brasileiras, que trabalham em alguns bares e restaurantes da cidade, a recomendação das autoridades locais é que os espaços sejam fechados a partir das 22 horas. Monnaliza também relata que receberam orientações após os terremotos.

"A recomendação que eles nos deram é sempre ficar em térreo, se possível, tentar não ficar na parte da noite em prédios, mas não temos como, moramos em prédio aqui, então fica bem difícil ficar do lado de fora, porque também está muito frio, bem como, sempre deixar uma bolsa com itens mais necessários, caso haja algum terremoto, mas Deus permita que não, e para a gente levar só o básico mesmo, como documentação, para ficar mais fácil", falaram.

Segundo um comunicado emitido pela Embaixada do Brasil na Turquia, "não há, atualmente, registro de brasileiros mortos ou feridos". De acordo com órgão, "indivíduos que precisam de assistência imediata e de emergência devem ligar para as autoridades turcas usando o número de telefone 112. Sugerimos que todos os cidadãos evitem áreas danificadas e não entrem em prédios danificados até que as autoridades turcas os considerem seguros", informou na nota.

Número de mortos em terremoto na Turquia e na Síria passa de 5 mil

O terremoto ocorreu na madrugada da última segunda-feira (6) no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria. O tremor durou cerca de um minuto e meio e teve um raio de alcance de 250 quilômetros, atingindo centenas de municípios. O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície – profundidade considerada muito baixa.

De acordo com autoridades locais, mais de 5 mil mortes foram confirmadas, sendo 3.549 na Turquia e 1.612 na Síria. A OMS afirmou que o número de vítimas pode ser até oito vezes maior. Ainda de acordo com fontes oficiais dos países, há mais de 10 mil feridos e milhares de desaparecidos.

Mais de 70 países já ofereceram ajuda humanitária e envio de equipes de resgate para ajudar nas buscas. O governo turco declarou estado de emergência por três meses em dez cidades.


Milhares de pessoas foram afetadas pelos terremotos na Turquia; Cruz vermelha atuando para ajudar os atingidos – Foto: Red Crescent Turkiye/Fotos Públicas

Fonte: Novo Noticias

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