Brasil tem dia dourado no Mundial de atletismo paralímpico

O Brasil teve uma quarta-feira (12) dourada no Mundial de atletismo paralímpico, que está sendo disputado em Paris (França), com destaque para a paulista Beth Gomes, que triunfou tanto na prova de arremesso de peso como na de lançamento de disco (na classe F53), nas duas com direito a recorde mundial.

Por Rogerio Magno em 12/07/2023 às 22:58:18

O Brasil teve uma quarta-feira (12) dourada no Mundial de atletismo paralímpico, que está sendo disputado em Paris (França), com destaque para a paulista Beth Gomes, que triunfou tanto na prova de arremesso de peso como na de lançamento de disco (na classe F53), nas duas com direito a recorde mundial. Além disso, a equipe brasileira ficou no lugar mais alto do pódio com o mineiro Claudiney Batista, alcançando o bicampeonato no lançamento de disco da classe F56, com o fluminense Ricardo Mendonça nos 200 metros classe T37 e com Felipe Gomes nos 400 metros T11.

O dia de Beth Gomes começou no arremessou de peso classe F53 (atletas que competem em cadeiras), prova na qual alcançou a marca de 7,75 metros. Desta forma, ela bateu o seu próprio recorde mundial da prova, que era de 7,16 metros, registrado no Campeonato Brasileiro de atletismo, em junho, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

"Fiz [na prova] o que venho treinando. Com isso, pude conquistar a minha medalha de ouro. A minha lição de casa foi feita e colocada em campo. Bater o recorde mundial aqui em Paris, que será o palco dos Jogos em 2024, é maravilhoso, mas é apenas o começo. Sempre estarei aqui para incentivar nossa juventude, [defendendo] que o esporte pode mudar a nossa vida", declarou a atleta, que foi diagnosticada com esclerose múltipla nos anos 1990.

Mais tarde Beth brilhou no lançamento de disco. Ela alcançou a distância de 17,12 metros para superar o recorde mundial anterior, que também era dela, de 16,80 metros, feita no Campeonato Brasileiro de atletismo.

Outro brasileiro a ficar com o ouro foi Claudiney Batista. O brasileiro, que já havia garantido a conquista no Mundial de 2019, disputado em Dubai (Emirados Árabes), desta vez lançou o disco a 46,07 metros na classe F56. A prata ficou com o indiano Yogesh Kathuniya (43,17 metros), enquanto o eslovaco Dusan Laczko garantiu o bronze (42,70 metros).

"A sensação é de alívio, de dever cumprido. Trabalhei muito nesse ano. Vim muito confiante. A preocupação era com o indiano, que havia se aproximado das minhas últimas marcas. Mas sempre procuro evoluir para buscar me manter no alto do pódio", declarou Claudiney, que também foi medalhista de ouro da prova nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

Nos 200 metros classe T37 (atletas paralisados cerebrais), o Brasil conseguiu uma dobradinha com o ouro do fluminense Ricardo Mendonça e uma prata do paulista Christian Gabriel da Costa. A última medalha dourada do dia foi para o fluminense Felipe Gomes, nos 400 metros classe T11 (atletas cegos).

O dia também foi de mais duas pratas - Fabrício Ferreira nos 100 metros da classe T13 (atletas com deficiência visual) e Alessandro Silva no arremesso de peso F11 (atletas cegos) - e dois bronzes - Fábio Bordignon nos 200 metros da classe T35 e Matheus de Lima nos 100 metros T44 (atletas com deficiência nos membros inferiores).

Após estes cinco ouros, três pratas e dois bronzes o Brasil assumiu a segunda posição do quadro geral de medalhas com o total de sete conquistas douradas, cinco pratas e oito bronzes. A líder é a China (dez ouros, seis pratas e quatro bronzes).

O Brasil é representado no Mundial de atletismo por 54 atletas de 19 estados e 11 atletas-guia. O Mundial de atletismo de Paris é o primeiro da modalidade após os Jogos Paralímpicos de Tóquio. A competição é disputada no Estádio Charlety, que tem capacidade para 20 mil pessoas e pertence ao clube de futebol Paris FC, da segunda divisão francesa.

Fonte: Agência Brasil

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