Família de prefeito Neném, assassinado no RN, denuncia perseguição; gestão atual nega

Após o desfile da Independência, algumas faixas com alusão a Neném Borges foram retiradas e queimadas

Por Rogerio Magno em 13/09/2023 às 12:39:47

Familiares do ex-prefeito de São José do Campestre, Joseilson Borges da Costa (Neném Borges), assassinado no último dia 18 de abril, afirmam que a família do ex-gestor tem sofrido perseguição política por parte da atual gestão. O episódio mais recente, segundo os parentes, foi a proibição de homenagens a Neném Borges durante o desfile cívico realizado no 7 de Setembro.

De acordo com a vereadora Ana Clara Borges (PP), que é sobrinha do prefeito assassinado, a ordem para proibir homenagens a Neném Borges teria partido do atual prefeito Eribaldo Lima (MDB).
"Foi ordem do prefeito, o secretário de Educação saiu avisando em todas as escolas, inclusive as escolas do Estado. Em todas as escolas do Município. A diretora que deixasse a escola homenagear ele [Neném Borges] seria demitida – porque aqui não é eleição escolar, é indicação do prefeito", disse a vereadora ao AGORA RN.

"A prova maior é que ontem as escolas fizeram homenagem para minha tia, Eliza Borges, que era professora da rede municipal e que morreu 86 dias após a morte de Neném e não fizeram nenhuma homenagem para ele", argumenta.


Apesar da situação, familiares e amigos do ex-chefe do Executivo espalharam faixas pela cidade em homenagem a Neném Borges. Após o desfile, no entanto, algumas faixas foram retiradas e queimadas. Ana Clara atribui o fato a pessoas ligadas a Eribaldo.


"É uma tentativa de apagar a memória do prefeito e amedrontar a nossa família, só pode ser isso, uma perseguição política", acusa Ana Clara.

"A perseguição continua. Eles querem silenciar a população para não tocar no nome de Neném Borges. Colocamos as faixas e eles arrancaram e colocaram fogo", lamentou.

Em contato com o AGORA RN, o prefeito Eribaldo Lima negou que esteja havendo perseguição política contra os familiares de Neném Borges. Sobre a suposta proibição das homenagens, o atual gestor afirma que a intenção da oposição era fazer protesto de cunho político durante o desfile de 7 de Setembro.


"É um evento cívico em que algumas pessoas ligadas ao ex-prefeito queriam fazer protesto com cunho político. Não houve determinação impedindo a homenagem, até porque no desfile tinham escolas estaduais e outras entidades que o prefeito não tem o poder de determinar se faz ou não faz homenagem", disse Eribaldo.

"Não existe perseguição política, apenas quando você assume, você tem que colocar o seu pessoal de confiança, até porque são cargos comissionados, então o próprio nome já diz. Isso é em qualquer gestão. Isso está se tornando chato, porque tudo o que eu faço é cunho político, é perseguição", declarou.

Fonte: Portal Agora RN

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