Erro do Sisu: Divulgação ocorreu antes da consolidação dos resultados

Os resultados ainda estavam em processamento interno para a aplicação completa das normas de cotas, quando o site do Sisu começou a mostrar os rankings de forma antecipada

Por Rogerio Magno em 04/02/2024 às 06:53:49
Jainy Azevedo de Araújo foi uma das prejudicadas pelo erro do Sisu. Foto: Cedida

Jainy Azevedo de Araújo foi uma das prejudicadas pelo erro do Sisu. Foto: Cedida

As listas iniciais de selecionados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024, anunciadas em 30 de janeiro, continham erros devido à não conclusão do processo pela pasta. Os resultados ainda estavam em processamento interno para a aplicação completa das normas de cotas, quando o site do Sisu começou a mostrar os rankings de forma antecipada.

A informação é do G1 Nacional. Cerca de 25 minutos após a divulgação, a página com as informações incorretas foi removida. No dia seguinte, os resultados finais e corretos foram publicados, levando alguns estudantes, que previamente celebravam a aprovação, a descobrirem que não estavam na lista final. Foi o caso de Jainy Azevedo de Araújo.

O MEC reconheceu publicamente apenas a "divulgação indevida de resultados preliminares, ainda não oficializados". A pasta informou que o caso está sob investigação detalhada.

Veja a seguir os pormenores do erro, que também esclarecem as alterações de modalidade de cota para alguns candidatos após a inscrição:

  • Durante o cálculo das cotas, a lista foi divulgada prematuramente. Em 2024, o Sisu adotou um novo critério para distribuição de vagas pela primeira vez:
  • Inicialmente, todos os candidatos disputaram as vagas de ampla concorrência, incluindo aqueles registrados como cotistas. Caso a universidade X disponibilizasse 10 vagas nesta categoria, os 10 alunos com as maiores notas foram selecionados nesta fase.
  • Cotistas não classificados na ampla concorrência foram então considerados para vagas destinadas a políticas afirmativas.
  • Surge uma hierarquia de tipos de cotas: primeiramente, candidatos (cotistas por renda, raça ou origem escolar) concorreram às vagas destinadas a "estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública, sem considerar a renda".
  • Havia 10 vagas? As dez maiores notas garantiram lugar aqui, mesmo que inscritos em categorias específicas como quilombolas, indígenas ou de baixa renda.
  • Candidatos não contemplados nesta etapa avançaram para a próxima: indivíduos que "estudaram integralmente em escola pública, sem distinção de renda, e possuem alguma deficiência". Se o candidato se enquadrava e tinha uma das notas mais altas, foi selecionado nesta fase.
  • Em seguida, a terceira etapa: destinada a alunos que "completaram todo o ensino médio em escola pública, independentemente da renda, e se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas". Havendo 5 vagas, as 5 melhores notas foram escolhidas aqui, mesmo que os estudantes estivessem inscritos em cotas mais específicas. O processo considerou um total de 8 etapas.

Fonte: Novo Noticias /g1.com

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