EUA manterão reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel durante governo Biden, diz indicado a chefe da diplomacia

Por Rogerio Magno em 19/01/2021 às 22:10:16
Postura adotada no governo Donald Trump não será revertida, segundo Antony Blinken, mas novo governo americano perseguirá a 'solução de dois estados' para encerrar conflitos entre israelenses e palestinos. Antony Blinken, indicado por Joe Biden para secretário de Estado, durante audiência no Senado dos EUA nesta terça-feira (19)

Alex Edelman/Pool via Reuters

O indicado para o cargo de Secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse nesta terça-feira (19) que o governo de Joe Biden manterá o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. A medida foi tomada por Donald Trump no início do mandato, e gerou atrito na comunidade internacional.

Biden toma posse como presidente dos Estados Unidos nesta quarta, e, segundo Blinken, considera a solução de dois estados como a melhor saída para o fim do conflito entre Israel e Palestina.

"O presidente pensa como eu, que a melhor maneira, talvez a única maneira de assegurar a Israel seu futuro como Estado judeu democrático é dar aos palestinos o Estado a que têm direito; ou seja, a solução conhecida como a de dois Estados", afirmou.

Em audiência de confirmação no Senado, Blinken admitiu, no entanto, que a solução de dois estados "não é realista no curto prazo" e pediu a israelenses e palestinos para "evitar medidas unilaterais que tornem o problema mais complexo".

Blinken declarou, ainda, que o governo Biden não reverterá as decisões relativas a Jerusalém e à embaixada e disse que o "compromisso" do futuro governo americano "a favor da segurança de Israel" é "sacrossanto".

Plano de Trump

Presidente dos EUA, Donald Trump, e primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegam à Casa Branca para apresentar plano de paz

Joshua Roberts/Reuters

O presidente em fim de mandato, Donald Trump, apresentou há um ano um plano de paz para o Oriente Médio, que outorgaria aos palestinos um Estado desmilitarizado e reduzido ao mínimo, com uma capital na periferia de Jerusalém, e privado de colônias israelenses, que seriam anexadas a Israel.

A Autoridade Palestina rejeitou taxativamente a proposta e recusou que o governo Trump mediasse o conflito.

Os palestinos já tinham rompido os contatos com Washington quando, no começo de seu mandato, Trump tomou a controversa decisão de reconhecer Jerusalém como capital israelense e dispôs instalar ali a embaixada americana.

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Fonte: G1

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